Financiar um imóvel começa a ficar mais barato. Isso porque uma disputa entre bancos por esse mercado levou à redução das taxas de juros cobradas para a concessão de crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Atualmente, dos cinco principais bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander -, apenas a Caixa ainda tem taxa de financiamento acima de 10%. No entanto, a instituição garante que já estuda a diminuição da taxa de juros do financiamento imobiliário com recursos da poupança. A previsão é que o anúncio das novas taxas seja feito nas próximas semanas pelo banco.
Em janeiro deste ano foram quase 774,73 milhões de reais”, diz o superintendente executivo de negócios imobiliários do Santander, Fabrizio Ianelli.
Em relação aos juros, a menor taxa de entrada hoje é a do Bradesco (9,3% ao ano). Na sequência está o Santander, com 9,49%; Banco do Brasil e Itaú têm taxas de 9,7%; e Caixa, com 10,25%, conforme levantamento da empresa Melhor Taxa.
Pequenas diferenças nas taxas de juros podem representar uma boa economia ao final do financiamento. Simulação da Melhor Taxa mostra que em um financiamento de 300 mil reais, em 30 anos, pode ter uma diferença de 52.833,36 reais, considerando as taxas praticadas atualmente pelo Bradesco e Caixa, bancos que cobram o menor e maior juros. Na Caixa, o custo seria de 789.325,40 reais e no Bradesco, 736.492,04 reais. A simulação soma de todas as parcelas, sem considerar a adição da Taxa Referencial, praticada pelo mercado.
O professor de finanças e sócio da Melhor Taxa, Rafael Sasso, alerta que, apesar de importante, a taxa de juros não deve ser o único ponto considerado pelo mutuário ao escolher o seu financiamento imobiliário. “O consumidor tem que ficar atento porque, mesmo com juros aparentemente baixos, o CET (Custo Efetivo Total) pode ser alto, porque há outros custos embutidos que podem elevar muito o valor do financiamento”, alerta.
Matéria: Veja.com